quarta-feira, 23 de maio de 2012

HEREDITARIEDADE ESPIRITUAL

Hereditariedade é uma lei natural segundo a qual as características físicas de uma população transmitem aos seus descendentes através da reprodução (MENDEL, 1865).
Com o advento da codificação do genoma humano, a "herança genética" ficou definitivamente responsável pela origem de diversas doenças e síndromes. No entanto, em relação às características comportamentais, não existem evidências que o determinismo genético possa ter a mesma expressão. O Espiritismo reconhece, na gênese de muitas patologias físicas e mentais, a “hereditariedade espiritual” do ser imortal submetido à Lei de causa e efeito, que cunha seu corpo físico e mental, buscando o aperfeiçoamento através da reencarnação.
Segundo André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, “o corpo herda naturalmente do corpo, segundo as disposições da mente que se ajusta a outras mentes, nos circuitos da afinidade, cabendo, pois, ao homem responsável reconhecer que a hereditariedade relativa mas compulsória lhe talhará o corpo físico de que necessita em determinada encarnação, não lhe sendo possível alterar o plano de serviço que mereceu ou que foi incumbido, segundo as suas aquisições e necessidades”. Dessa forma, as enfermidades de berço que, muitas das vezes, parecem triste fardo para pais amorosos e filhos inocentes são, na verdade, meios de restabelecer a ligação que existe entre as diversas existências espirituais, tecendo a colcha divina de justiça, bondade e reparação, que cria oportunidades de desenvolvimento, ao máximo, de nossas potencialidade e estreita, assim, os laços espirituais de amor.
O Ser imortal é capaz de tomar a forma física apropriada para uma nova encarnação, com objetivo de elevar o seu nível moral ou refazer tarefas que deixou viciadas ou esquecidas na retaguarda. A responsabilidade e o arrependimento são condições motivadoras essenciais para as escolhas que serão feitas, e o fará desprender larga soma de esforços a fim de reerguer-se pelo bem. André Luiz, na obra acima citada, afirma que o Espírito “pode, pela própria conduta feliz ou infeliz, acentuar ou esbater a coloração dos programas que lhe indicam a rota, (...) , que estará enobrecendo ou agravando a própria situação, de acordo com a sua escolha do bem ou do mal”.
Ana Cecília Rosa é Médica Pediátra, membro do Centro Espírita Allan Kardec, Campinas-SP, residente no Brasil.
Jornal de Estudos Psicológicos

Nenhum comentário:

Postar um comentário