quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O CONSOLADOR


O mundo cristão distorceu os ensinamentos de Jesus ao apoiar-se na premissa de que o Seu sangue ou as práticas religiosas salvam o pecador.

O que o Mestre pregou, no entanto, foi a necessidade do aperfeiçoamento moral, que se expressa na conduta (“Sede perfeitos, como perfeito é o vosso pai celestial”, “A cada um será dado de acordo com suas obras” etc. Mat.16:27, I Pedro, 1:17, Jer.17:10);

Além disso, ninguém está precisando salvar-se, porque ninguém está perdido. Estamos, sim, precisando evoluir.
As informações e esclarecimentos que o Espiritismo oferece não conflitam com os ensinamentos de Jesus, muito ao contrário. É claro que naquela época Ele não poderia dar explicações sobre reencarnação, as leis da evolução, de ação e reação etc., porque não O entenderiam, mas prometeu enviar o Espírito de Verdade, no devido tempo, para dizer toda a verdade e relembrar ao mundo os seus ensinamentos.

Dizem algumas religiões cristãs que o Consolador, o Espírito de Verdade, teria vindo no Pentecostes. Mas no Pentecostes não se justificava alguém vir dizer toda a verdade, posto que Jesus já havia dito tudo o que a humanidade daqueles tempos poderia suportar, conforme Ele próprio afirmou. Além disso, no Pentecostes não houve qualquer revelação. Também não havia motivos para alguém vir relembrar os ensinamentos do Mestre, porque estes estavam ainda muito vivos nas mentes e corações dos seus seguidores.
Mas no século XIX esses ensinamentos já estavam muito esquecidos pelos cristãos quando o Espírito de Verdade veio, através da mediunidade, relembrá-los, trazendo ainda todas aquelas informações e explicações que Jesus não pudera dar naquela época, quando não poderiam entendê-Lo. Agora, porém, em outros níveis de conhecimento e depois de tantos séculos de cristianismo, a humanidade já estava madura para receber mais esclarecimentos sobre a vida e os mecanismos da evolução.
O aprendizado da humanidade é semelhante ao de uma criança, que só vai recebendo ensinamentos de acordo com sua capacidade de assimilação e entendimento, no decorrer do seu crescimento e amadurecimento.
Também o título, Consolador, ajusta-se como luva ao Espiritismo.

Há consolo maior do que saber:
a) que os nossos entes queridos que morreram não estão mortos, mas vivos, continuando sua evolução numa outra dimensão de vida e que, eventualmente, poderão até mesmo comunicar-se conosco através da mediunidade;
b) que ninguém irá para o inferno sofrer pela eternidade afora;
c) que os nossos entes mais caros, que “não aceitaram Jesus” nesta vida, não estão perdidos por causa disso?
E aos que carregam terríveis pesos na consciência só pode haver consolo se forem informados de que poderão um dia consertar o mal que fizeram, nem que seja numa futura encarnação.
Os ensinamentos de Jesus eram de tão
elevada moral que irritaram a muitos
dos que O ouviam.
Outros O seguiam por causa das curas e
dos milagres...
Poucos conseguiam sintonizar verdadeiramente
com Seu luminoso pensamento e d’Ele haurir
energia e disposição para mudarem suas vidas,
seguindo-lhe os passos...
Mundo Espiritual

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