sábado, 21 de julho de 2012

Adoção e Espiritismo


1) O que significa adoção?
Do latim adoptio, do verbo adoptare, escolher, adotar. Dir. Ato jurídico que cria entre duas pessoas vínculo de parentesco civil semelhante ao da paternidade e filiação legítimas. É o ato de tomar o filho do outro como sendo seu. 
2) O que prescreve a lei sobre o ato de adoção?
O artigo 134 e 375 do Código Civil mostra-nos que: 1) só os maiores de trinta anos podem adotar e o adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho que o adotado; 2) ninguém pode adotar, sendo casado, senão decorridos cinco anos após o casamento; 3) ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher...
3) Qual a responsabilidade moral do casal que adota um filho?
A adoção obriga o casal a dispensar amor, educação e cuidados aos filhos adotivos, como se eles fossem nascidos daqueles que o adotaram.
4) Por que os pais entregam seus filhos para serem adotados?
Alguns não podem sustentá-los adequadamente; outros não são casados e preferem não criar o filho.
5) Por que casais adotam filhos?
Impossibilidade de ter filhos. No Brasil, um casal sem filhos há mais de cinco anos pode adotar uma criança. Em alguns lugares existem leis que proíbem que a identidade dos pais verdadeiros seja revelada, e vice-versa.
6) Como se explica a gestação emocional do filho adotivo?
A impossibilidade de ter filhos biológicos gera, no casal, o desejo de adotar uma criança, pois o filho traz a sensação de valorização, a oportunidade de produzir coisas boas, de poder trocar afeto. Quando o casal aventa a possibilidade de adotar uma criança, aí começa a gestação emocional, que é toda a preparação psicológica para trazer ao lar um ser de outro casal.
7) Como a adoção pode ser vista sob o ângulo do espiritismo?
Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec discute a questão de que o corpo procede do corpo, mas o Espírito, não. Eis aí uma forte razão para que o espírita sincero possa exercitar o seu ato de amor incondicional.
8) Para o Espiritismo, há diferença entre um filho adotivo e um natural?
Não. O Espiritismo ensina-nos que todos somos filhos de um mesmo Pai. Não somos donos nem do nosso próprio corpo. Por isso, o espírita que se propõe a adotar uma criança deverá dar-lhe a mesma educação e os mesmos cuidados que dispensaria ao seu filho natural.
9) Se o acaso não existe, adotar um filho tem vínculos com o passado?
Haverá sempre uma razão para adotarmos uma criança. O que não podemos é admitir que toda adoção é dívida do passado. Podemos também fazê-lo por um gesto de amor incondicional, para o engrandecimento de nossa evolução espiritual.
10) Como entender a adoção como dívida do passado?
Basta olharmos as atitudes de muitos pais: abandonam seus filhos; maltratam cônjuges; provocam aborto... Tudo isso fica registrado na contabilidade divina. Mais ou mais tarde, o interessado deverá ressarcir o seu débito, o que poderá ser feito através de uma adoção.
11) Que pensar sobre o ato de adoção?
Com o nosso conhecimento e razoável posse de recursos financeiros, podemos educar dignamente uma criança desamparada. desviando-a da porta larga das drogas e do crime.  
Bibliografia Consultada
GRANDE ENCICLOPÉDIA DELTA LAROUSSE. Rio de Janeiro: Delta, 1979.
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.
Enciclopédia Delta Universal.
Texto de Márcia Fuga 

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