Em nosso meio falamos muito de “boa vontade”, achamos que esta expressão define “vontade boa”.
Quando, de fato, apenas exprime uma índole amena acessível, um gesto humilde, uma boa intenção.
Segundo o Houaiss, vontade pode ser:
1 – Faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar certos atos.
2 – Força interior que impulsiona o indivíduo a realizar aquilo a que se propôs, a atingir seus fins ou desejos, ânimo, determinação, firmeza.
2.1 – Grande disposição em realizar algo por outrem; empenho, interesse, zelo.
3 – Capacidade de escolher, de decidir entre alternativas possíveis, volição.
4 – Sentimento de desejo ou aspiração, motivado por um apelo físico, fisiológico, psicológico ou moral; querer.
Enquanto a vontade nos leva a decisões firmes, superações, a ter aumentada a resistência, a perseverança, a determinação e o tirocínio para bem estudar o que deve ser feito e fazer, a boa vontade usualmente nos leva a uma atitude acomodada do tipo: se eu tiver tempo, se eu puder, se não chover, se meu companheiro não me impedir, se eu não adoecer, se tudo der certo.
A vontade diz sim ou não; a boa vontade fica no talvez…
A vontade pergunta: quando? Onde? Vai. A boa vontade limita-se ao se…
A vontade afirma: conte comigo. A boa vontade é: não sei…
A vontade diz: vou, não vou. A boa vontade sempre tem um depende…
A vontade alegra-se por fazer. A boa vontade pede desculpas…
A vontade age e reage. A boa vontade raramente interage…
A vontade movimenta o veículo. A boa vontade só motor de arranco.
A relação entre essas duas pode crescer infinitamente.
Não se trata de boa vontade ser uma coisa ruim; não, não é. Apenas pouco produtiva e gera desistências nos primeiros entraves de qualquer luta ou busca.
Quem de nós não ouviu, diversas vezes, e por diversas pessoas, frases enfatizadas do tipo: “basta ter boa vontade e tudo será possível”?
Texto original no site Mensagens de Esperança
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